sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Estoques de carros voltam ao nível normal



Valor 06/01
Após uma série de iniciativas para diminuir o ritmo de produção - o que envolveu férias coletivas, folgas e suspensão de horas extras de trabalho -, as montadoras finalmente conseguiram normalizar seus estoques em dezembro.

O giro dos veículos parados nos pátios da indústria e das revendas chegou a alcançar 40 dias em outubro, mas caiu para 35 no mês seguinte e fechou o ano em 30 dias, nível considerado como mais próximo do ideal. Os estoques altos preocupavam porque eles trazem um custo financeiro adicional para o capital de giro das empresas.

Dados divulgados ontem pela Anfavea - a entidade que abriga as montadoras instaladas no Brasil - mostram queda de 4,6% na produção de veículos na passagem de novembro para dezembro. No total, o Brasil produziu 261,98 mil unidades em dezembro, 1% a menos do que o volume do mesmo período de 2010 (264,72 mil unidades).

Isso, contudo, não impediu o novo recorde de produção da indústria automobilística no ano passado, quando 3,4 milhões de veículos foram fabricados, 0,7% a mais do que em 2010.

Também foi confirmada a marca histórica de vendas de carros, com 3,63 milhões de veículos novos - entre nacionais e importados - negociados em 2011. O volume superou em 3,4% o resultado de 2010 (3,51 milhões de unidades). O recorde foi puxado pelas vendas de importados, que cresceram 30% no período, compensando a queda de 2,8% nos emplacamentos de veículos nacionais.

Também se destacaram as vendas de utilitários leves, cujo crescimento de 13,8% superou a estabilidade no mercado de carros de passeio. De acordo com o balanço da Anfavea, a participação dos importados no mercado foi de 23,6% no ano passado, acima dos 18,8% de 2010. Em dezembro, a fatia dos veículos estrangeiros atingiu o pico, marcando 27% do total. Antecipando a entrada em vigor das novas regras de cobrança de IPI sobre carros importados.

A Anfavea já havia previsto na apresentação dos resultados de novembro um crescimento do mercado ao redor de 3,3% em 2011, revisando sua estimativa anterior, que apontava para um avanço de 5%. Só no mês passado, as vendas de automóveis e comerciais leves - principal segmento do mercado - somaram 329,19 mil unidades, o que representa uma queda de 8,9% em relação ao mesmo período de 2010. (EL)

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