segunda-feira, 18 de junho de 2012

Quanto vale um carro sem airbag e sem ABS?


Muitos ainda não sabem da obrigatoriedade desses equipamentos para o licenciamento de veículos novos a partir de 2014.

Assim quem planeja comprar um veículo novo é bom que preste atenção nestes itens, sob o risco de possuir um veículo obsoleto com apenas um ano e poucos meses de uso.

Por outro lado, é provável que  os novos ou seminovos, sem o equipamento, lá pelo final do ano que vem possam  ser adquiridos a preços bem mais interessantes, afinal de que vale esses itens no nosso transito engarrafado?

Saiba mais sobre o airbag, item que já é obrigatório em 30% dos veículos produzidos no País


Fonte IDEC

Obrigatoriedade traz mais segurança ao consumidor e atingirá 100% dos veículos brasileiros em 2014; saiba como o dispositivo funciona e o quanto a resolução pode impactar no bolso

Com o objetivo de oferecer mais segurança ao consumidor, a resolução que estipula que todas as montadoras instalem airbags para motoristas e passageiros em todos os modelos de veículos como item de série está sendo implementada de forma progressiva. Desde 1º de janeiro de 2012, 30% dos veículos que saem da fábrica já possuem o dispositivo de segurança. O percentual subirá para 60% em 2013, chegando a 100% dos veículos em 2014.

A discussão sobre a obrigatoriedade do airbag nos veículos já é antiga. Em 2009, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) estipulou por meio da resolução 311 , que todos os veículos novos saiam de fábrica com um “kit de segurança veicular” composto por airbags, cintos de segurança retráteis, encostos de cabeça ajustáveis para todos os ocupantes do veículo, entre outros itens.

A medida representa um avanço para os consumidores, que ainda não contavam com a oferta desse sistema de proteção nos carros mais básicos, como acontece em outros países.

Na mesma resolução, o Contran, responsável por regulamentar as especificações técnicas e o cronograma de implantação, também estipula que, a partir de 2014, 100% dos carros de passeio devam sair de fábrica com freio ABS.

Como funciona?

Os airbags funcionam como uma complementação do cinto de segurança, agindo com o objetivo de reter o movimento para frente dos ocupantes do veículo. Funciona de forma simples: quando o carro sofre algum impacto, vários sensores dispostos em partes estratégicas do veículo (frontal, traseiro, lateral direito, lateral esquerdo, atrás dos bancos do passageiro e motorista) são acionados, emitindo sinais para uma unidade de controle que checa qual sensor foi atingido e, assim, aciona o airbag mais adequado.

Os mais comuns são os frontais, que ficam alojados no volante e no painel de instrumentos para maior proteção de que está nos bancos dianteiros. Dessa forma, os airbags reduzem o risco de ferimentos na cabeça e no tórax, amortecendo o movimento contra o volante e o painel do automóvel ou contra as laterais do veículo.

Quando ocorre uma colisão, um dispositivo eletrônico determina a intensidade do impacto, medido por sensores. Após isso, um sinal elétrico é emitido para um gerador de gás que infla a bolsa. Com o contato do passageiro com a bolsa, o gás nitrogênio sai da bolsa por orifícios laterais, parando o ocupante.
Em colisões mais leves, laterais ou traseiras, o dispositivo geralmente não é ativado. No entanto, a segurança que os airbags proporcionam não deve eximir o uso do cinto de segurança, fundamental para segurar o passageiro dentro do veículo.

Preço final

Uma grande dúvida com relação à obrigatoriedade do airbag é a de quanto o valor do veículo que contará com esse dispositivo vai pesar no bolso dos consumidores. Atualmente, tanto o airbag quanto o freio ABS (que diminui o risco de uma derrapagem, por exemplo) são itens opcionais - e acabam ficando caros. O Idec entende que a obrigatoriedade não deve servir de argumento pelas concessionárias para uma elevação exagerada do preço dos veículos.

“É evidente que, em uma economia de mercado, os custos serão passados ao consumidor”, explica a gerente jurídica do Idec, Maria Elisa Novais. “No entanto, o fato não pode ser argumento para justificar ou corroborar um aumento desproporcional do preço dos veículos no Brasil, onde as montadoras/concessionárias já praticam preços muito mais caros do que comparados a outros países de economia semelhante”, afirma.

Dessa forma, a responsabilidade dos fornecedores na garantia da segurança do consumidor também é crucial. “Como se trata de um item de segurança, o custo adicional da inclusão do airbag como item de série nos veículos deve ser encarado como um alerta para as responsabilidades dos fornecedores, que inclui a obrigatoriedade de colocação no mercado de um produto com qualidade e segurança” finaliza a advogada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário